Os nossos leitores elegeram os seguintes xiconhocas na semana finda:
Assassinos que tiram órgãos
Em circunstâncias e causas ainda não esclarecidas, pessoas supostamente desconhecidas interpelaram um jovem de aparentemente 30 anos de idade, no bairro de Muatala, na cidade de Nampula, e assassinaram-no. A crueldade desses malfeitores, que gostaríamos de ver e dialogar com eles para percebermos o que se passa nas suas mentes, foi de tal sorte que retiraram uma orelha e os outros órgãos, incluindo genitais, da vítima. Em seguida, embrulharam o seu corpo num saco e abandonaram-no numa lixeira. Que acto selvático! Mas que coragem é esta que uma pessoa tem de esquartejar o seu semelhante? O que se passa na cabeça de um indivíduo que espanca o seu compatriota, sem nenhum dó, e mesmo que este vocifere devido à dor não se comove?
Beatriz Buchili
Na semana passada, a procuradora-geral da República (PGR), Beatriz Buchili, foi ao Parlamento apresentar a informação anual sobre a Justiça em Moçambique. O documento, de 200 páginas, era uma lista de velhos problemas já do domínio público, uns mais bicudos que os outros, mas sem soluções à vista. Além de não ter trazido nenhuma novidade em relação ao assassinato do constitucionalista Gilles Cistac, a quem se referiu de forma superficial como se fosse um desconhecido, a senhora passou ao lado de vários casos, incluindo o do assassinato do seu colega, o juiz Dinis Silica, crivado de dezenas de balas até perder a vida na capital moçambicana. Foi, assumamos, um informe oco, constituído só por números e palavras e longe dos problemas que nos afligem!
Traficantes de chifres de rinocerontes e marfins
Na semana passada, dois sul-coreanos e igual número de moçambicanos foram detidos por tráfico de 4.6 quilogramas de cornos de rinoceronte, posse de 93.300 dólares norte-americanos (2.799.000 meticais), 2.400 rands (cerca de 7.200 meticais), e outros bens. Esta semana foi a vez de um cidadão chinês cair nas mãos da Polícia da República de Moçambique (PRM) com 340 pontas de marfim, o que equivale a 1.160 quilogramas; e 65 cornos de rinoceronte, estes com peso estimado em 124 quilogramas. Afinal porque há tantos estrangeiros envolvidos no saque destes produtos? Quem é que alimenta esta rede de criminosos? E em casa de quem se hospedam quando entram no país?