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Zuma veio a Moçambique com lágrimas de crocodilo mentir sobre a xenofobia

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O Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, desculpou-se ao seu homólogo Filipe Nyusi, pelos ataques xenófobos no seu país, que causaram a morte a cidadãos estrangeiros, incluindo ao moçambicano Emanuel Sithole, agredido e esfaqueado, a 18 de Abril último, e vários danos no bairro de Alexandra, em Johannesburg. Porém, ele mentiu, descaradamente, ao afirmar que “os povos da África do Sul e Moçambique (...) nunca tiveram problemas” semelhantes aos recém-registados. Em 2008, devido a actos xenófobos, foram mortas de sessenta e duas pessoas entre elas Ernesto Nhamuave, um cidadão moçambicano que foi queimado vivo.

"Os moçambicanos são nossos irmãos, nossas irmãs, é um problema de família", disse Zuma e acrescentou: "É importante para nós apresentar desculpas em nome da minoria que se comportou mal".

A violência contra cidadãos estrangeiros na África do Sul conheceu o seu ponto mais alto em 2008, com a morte de sessenta e duas pessoas entre elas o moçambicano, que foi queimado vivo. As autoridades policiais sul-africana acabaram por arquivar o caso por alegada falta de testemunhas e suspeitos. Zuma esquece-se desta tragédia?

O Chefe de Estado sul-africano efectua uma visita de Estado a Moçambique numa altura em que o seu Governo está a levar a cabo a operação "Fiela", cuja finalidade é deter e repatriar os imigrantes ilegais, considerados a causa dos ataques xenófobos. No âmbito deste processo, 947 moçambicanos foram repatriados.

Oldemiro Baloi, ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, disse na semana passada que o repatriamento não era o procedimento correcto: “Esperávamos que, depois dos ataques xenófobos, houvesse alguma acalmia e que fossem procurados meios para se resolver o problema de fundo, que é o da imigração ilegal".

Por sua vez, a ministra sul-africana das Relações Internacionais e Cooperação, Maite Nkgna Mashabane, também proferiu inverdades ao declarar que a operação "Fiela", visa apenas estrangeiros envolvidos em acções de crime, e não aqueles que contribuem para o desenvolvimento da economia do seu país. Ora, sem falar dos cidadãos de outras nações, vítimas da mesma "caça a imigrantes", os mais de 947 moçambicanos detidos naquele território, centenas dos quais já repatriados na semana passada, são todos criminosos?


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