A selecção de futebol de Moçambique apurou-se na quinta-feira (28) para a final da Taça Cosafa. No embate das meias-finais, o combinado nacional derrotou a sua congénere do Botswana por 2 a 1. Parkim, aos 89 minutos, marcou o golo que garantiu o triunfo da equipa de João Chissano, que na final vai medir forças com a Namíbia que eliminou o Madagáscar por 3 a 2.
Dizer que na primeira parte as duas equipas proporcionaram um grande espectáculo de futebol seria uma inverdade, visto que, tratando-se de um desafio das semi-finais, os Mambas e os Zebras estiveram aquém do esperado.
Tal como aconteceu na partida dos quartos – de – final, Moçambique logo nos minutos iniciais pegou nas rédeas de jogo face à postura defensiva do Botswana que baixou as suas linhas para tentar surpreender a defensiva moçambicana nas transições rápidas.
Os pupilos de João Chissano, que no primeiro quarto de hora da etapa inicial estiveram na mó de cima, foram os primeiros a visitar a baliza do seu oponente. Decorria o minuto nove quando Isac, depois de ganhar um ressalto no flanco direito, flectiu até a linha de fundo e cruzou para a grande área onde estava Diogo que não conseguiu fazer a emenda.
A resposta do Botswana surgiu cinco minutos depois. Segolame Boy, perto da linha da grande área, desferiu um remate com selo de golo, mas César Machava, com uma palmada, desviou a trajetória da bola.
Moçambique tinha um aparente domínio no que diz respeito à percentagem de posse de bola. Momed Hagy e Luís conseguiam anular os meio – campistas “tswanas.
À passagem do minuto 17, na sequência de um livre a castigar uma carga de Ncenga sobre Luís, Diogo rematou em arco para uma excelente intervenção de Dambe.
Os “tswanas” não conseguiam penetrar na muralha defensiva montada por João Chissano e os Mambas continuavam a mandar no jogo.
A fechar a primeira parte, Moçambique teve uma flagrante oportunidade para inaugurar o marcador. Na sequência de uma jogada de insistência, Luís, perto da quina da área, cruzou para onde estava Diogo que rematou para uma defesa milagrosa de Dambe. Com o nulo foi-se para o descanso.
Parkim carimba a passagem para final
Em termos de espectáculo, a etapa complementar foi, de longe, melhor que a que a primeira.
As Zebras foram os primeiros a criar a primeira jogada digna de registo. Aos 47 minutos, Kebatho, dentro da grande área, rematou de forma acrobática mas o esférico saiu a escassos centímetros do poste direito da baliza de César Machava.
À passagem do minuto 56, Isac este perto de inaugurar o marcador. Edmilson, com um passe milimétrico, lançou o número 10 do combinado nacional mas este não conseguiu introduzir a bola na baliza.
Neste período, a posse de bola estava repartida e as duas equipas atacavam à busca de golos para evitarem que a eliminatória fosse decidida na lotaria das grandes penalidades.
Os Mambas chegariam ao golo aos 64 minutos. Na sequência de um pontapé de canto cobrado por Kito, Isac, um dos jogadores com menor estatura dentro das quatro linhas, no meio de uma multidão de defesas “stwanas”, cabeceou para o fundo das redes de Dambe.
Em desvantagem, o Botswana foi obrigado a correr atrás do prejuízo para evitar uma possível eliminação. Volvidos oito minutos após o golo dos Mambas, César Machava negou o empate aos Zebras. Mogorosi descaiu da direita para o centro e rematou para mais uma excelente intervenção do guarda – redes moçambicano.
Depois de sucessivas tentativas, os “tswanas” restabeleceriam a igualdade quando faltavam 11 minutos para os noventa. Boy, de livre, desferiu um portentoso remate para uma defesa apertada de César Machava e, na recarga, Kebatho rematou para o fundo das malhas.
Com o golo, as Zebras ficaram mais galvanizadas e, aos 86 minutos, Mogorosi ,depois de ganhar no despique com Edmilson, cruzou para a pequena área onde estava Moyo que rematou, passando a bola ao lado. Dois minutos, os Mambas estabeleceriam o resultado final em 2 a 1.
Depois de receber um passe de Ussama, Luís completou o corredor esquerdo e cruzou para a grande área e Parkim aproveitou a apatia da defensiva do Botswana para cabecear para o fundo das malhas do desamparado Dambe.
Com este triunfo, a selecção nacional de Moçambique apurou-se para a final da competição onde vai medir forças com a sua congénere da Namíbia que, na mesma fase, eliminou o Madagáscar pelo resultado de 3 a 2.
Refira-se que as duas formações apuradas para a finalíssima nunca ganharam a Taça Cosafa.