Senhor ministro do Mar, Águas Interiores e Pescas,
Excelência
Na sequência da nota de pedido de esclarecimento sobre o caso “Censo da Pesca Artesanal 2012”, endereçada a V. Excia, referente às nossas denúncias publicadas no Jornal @Verdade, na sua edição de 30/04/2015 e 04/05/2015, temos a relatar que o chefe dos Recursos Humanos, na companhia dos seus comparsas (chefe da UGEA e Estatísticas Informática), mais uma vez sob o comando do respectivo director, marcou uma reunião na qual tentou coagir e ameaçar todos os funcionários com vista a assinarem uma lista em que constam os seus nomes.
O documento seria um abaixo-assinado a ser enviado ao Jornal @Verdade para justificar a camuflagem e o drible naquela instituição com o intuito de desviar as atenções do público sobre o assunto, como também ao ministro do Mar, Águas Interiores e Pescas, à inspecção e ao IDPPE para transparecer que nada existe por detrás da denúncia feita.
Isto é, pretendia-se forçar os funcionários a aceitarem um SISTEMA montado para “salvar a pele” das pessoas que “assaltam” os fundos do Estado em benefício de um punhado de gente na instituição. Mais uma vez, eles não conseguiram concretizar os seus intentos, porque não aceitamos esta hipocrisia. Não compactuamos com ideias fantoches.
Excelência,
Reiteramos, mais uma vez, que há muita sujeira no “Censo 2012”, a começar pelos pilares do IDPPE (chefes da UGEA, Estatísticas de Informática, Departamento de Administração e Finanças, entre outros).
Excelência,
Segundo a Constituição da República, ameaçar, intimidar, forçar as pessoas a dizerem coisas falsas ou, por outra, palavras, forçar as pessoas a prestarem informações/declarações falsas é crime. Só não é crime no IDPPE, que nos parece ser uma instituição constituída por indivíduos intocáveis perante a lei. Está claro que a direcção do IDPPE tem claras intenções de calar a boca dos funcionários para continuar a delapidar os fundos do Estado, proteger os filhinhos, segundo as declarações do porta-voz da direção.
Há um provérbio que diz: “QUEM NÃO DEVE NÃO TEME”, isto é, a Direcção do IDPPE, deve responder a uma nota que autorize que a inspecção seja feita em torno do processo “Censo 2012”, com total colaboração. Deve-se deixar os membros da inspeção trabalhar livremente sobre as contas prestadas pelas delegações, cujos documentos estão em poder da direcção do IDPPE e do Departamento de Administração e Finanças. Deve-se analisar, exaustivamente, se existe ou não informação não adulterada.
Pedimos, mais uma vez, para que se tome em consideração as informações contidas nas nossas cartas de denúncia, criando urgentemente uma comissão para averiguar, junto dos funcionários e das delegações provinciais do IDPPE, o que se passa em torno do caso em questão.
Excelência,
Alertamos, mais uma vez que, com o pedido da NORAD, endereçado ao IDPPE, para esclarecer a veracidade sobre o “Censo 2012”. Temos conhecimento de que estão a ser desenhadas estratégias que visam que o Departamento de Administração e Finanças forneça dados falsos à inspecção para salvaguardar os interesses de um grupo minoritário, o mesmo de sempre, que se considera dono do IDPPE.
Nesse processo de justificações em torno do “Censo 2012” há que tomar em conta que grande parte dos valores investidos que foi para os bolsos de funcionários que não foram ao terreno realizar o trabalho.
Resolva a situação, Excelência!
Ainda há mais situações graves que aconteceram e acontecem no IDPPE.
À consideração superior.
Por trabalhadores do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca de Pequena Escala (IDPPE).