O Desportivo de Maputo derrotou, no domingo (07), o Ferroviário de Maputo por 8 a 7, na marcação das grandes penalidades, em partida referente aos oitavos-de-final da Taça de Moçambique. O período regulamentar terminou com o registo de empate a uma bola. Para a mesma ronda, o Maxaquene afastou o Incomáti de Xinavane pelo resultado de 1 a 0.
Naquele que foi o dérbi e, ao mesmo tempo, a partida mais aguardada dos oitavos-de-final da Taça de Moçambique, tal como aconteceu no confronto do Moçambola, o Desportivo voltou a derrotar o Ferroviário de Maputo.
Os locomotivas agora treinados por Carlos Manuel, jogando no seu campo, começaram o jogo praticamente em vantagem, uma vez que aos nove minutos inaugurariam o marcador. Diogo, depois de receber um passe de Timbe, descaiu da esquerda para o centro e desferiu um portentoso remate que apenas foi travado pelas redes de Helvéncio que, diga-se, foi mal batido.
Em vantagem, o Ferroviário de Maputo ficou mais galvanizado e, à passagem do minuto 16, Lewis, dentro da grande área, não conseguiu acertar nas redes alvinegras.
A equipa de Dário Monteiro, nos primeiros 20 minutos, não criou nenhuma jogada digna de registo por culpa dos meio-campistas do seu oponente, que anulavam por completo Carlitos e Henriques, responsáveis pela construção das jogadas ofensivas.
Depois da meia-hora, o jogo foi disputado numa toada de ataque e resposta, visto que a equipa que atacava era perigosamente correspondida.
Aos 35 minutos, depois uma excelente combinação com Timbe, Luís, perto da linha da grande área, rematou forte para uma defesa segura de Helvéncio.
Na resposta do Desportivo, Lanito, com um passe teleguiado, lançou Lalá e este rematou, mas o esférico passou a escassos centímetros da barra transversal da baliza locomotiva. Depois disso, o árbitro chamou os dois conjuntos para o intervalo.
Lanito marca e leva o jogo ao prolongamento
Em desvantagem no marcador, o Desportivo de Maputo iniciou a etapa complementar na mó de cima e, volvidos três minutos após o reatamento, depois de sucessivas trocas de passes, Lanito rematou em arco para uma defesa segura de Germano.
Era o aviso porque, à passagem do minuto 53, os alvinegros chegariam ao golo do empate. Mastyle flectiu da direita para o centro e, com um passe magistral, colocou a bolas nos pés de Lanito que, por seu turno, rematou em arco sem hipóteses de defesa para Germano.
Com o golo da formação forasteira, o jogo ficou mais aberto e, ao mesmo tempo, emotivo. As duas equipas atacavam, mas sem desguarnecer o sector mais recuado.
À passagem do minuto 65, o Desportivo esteve perto de dar a volta no marcador. Lanito completou o corredor direito e cruzou para a pequena área onde estava Efraim, que cabeceou para uma enorme defesa de Germano.
Na resposta dos anfitriões, na sequência de um livre perto da quina da área, Timbe rematou para uma defesa incompleta de Helvéncio mas Luís, na recarga, não conseguiu acertar nas redes.
No último quarto de hora do jogo, os alvinegros foram a formação que tinha a iniciativa de jogo e o domínio no que toca à percentagem de posse de bola.
Antes do minuto 90, Germano voltou a negar o golo à formação orientada por Dário Monteiro. Mastyle, de livre, rematou forte para uma excelente intervenção do guardião locomotiva. O período regulamentar terminou com as equipas empatadas a uma bola e, por via disso, estas tiveram, como mandam os regulamentos, que cumprir 30 minutos de prolongamento.
No tempo extra, logo no minuto inicial, o Ferroviário foi o primeiro a criar perigo. Depois de sucessivas trocas de passes, Lewis rematou, mas o esférico passou ao lado da baliza de Helvéncio.
Quando faltavam três minutos para terminar o prolongamento, Mambo derrubou Lewis dentro da grande área e o árbitro assinalou castigo máximo a favor da equipa de Carlos Manuel. Timbe, chamado a cobrar, acertou no poste. O embate terminaria com um empate a uma bola e o vencedor seria encontrado na lotaria das grandes penalidades.
Nos penáltis, a primeira série terminou com um empate, visto que os cinco jogadores escalados conseguiram enganar os guarda-redes. Já na segunda, os alvinegros converteram três contra dois do seu rival. Helvéncio foi o herói ao defender o remate de Dangalira. Com o resultado de 8 a 7, o Desportivo, pelo terceiro ano consecutivo, apurou-se para os quartos-de-final da Taça de Moçambique.
Maxaquene, Liga Desportiva e Ferroviário da Beira também seguem em frente
O Maxaquene, actual líder do Moçambola, teve que suar para eliminar o Incomáti de Xinavane que milita no Campeonato Provincial de Maputo. Os tricolores carimbaram a passagem para os quartos-de-final na segunda parte do prolongamento, graças a um golo de Fachi.
Quem também se apurou para a próxima fase desta competição é o Ferroviário da Beira, por sinal o campeão em título. No dérbi do Chiveve, os locomotivas derrotaram o Têxtil de Púnguè por 3 a 0. Mário, com um bis, foi o homem em destaque.
Ainda nos oitavos-de-final da Taça de Moçambique, a Liga Desportiva, com golos de Zicco (3), Manuelito (1) e Washington (1), recebeu e goleou o Ferroviário das Mahotas pelos contundentes 5 a 0. Por seu turno, o Ferroviário de Nampula bateu o seu homónimo de Pemba, por 2 a 1.
No Songo, o HCB local derrotou o Chingale de Tete, por 2 a 0. O Clube de Chibuto bateu a ENH de Vilanculo pela margem mínima, enquanto as Águias Especiais de Lichinga eliminaram a Liga Desportiva de Monapo pelo resultado de 3 a 0.
Importa referir que a formação das Águias Especiais é a única equipa que milita nos campeonatos provinciais que se apurou para nos quartos-de-final.
Resultados dos jogos dos oitavos-de-final:
Maxaquene 1 – 0 Incomáti de Xinavane
Liga Desportiva 5 – 0 Ferroviário das Mahotas
Ferroviário de Maputo 1 – 1 (7 – 8 nas grandes penalidades) Desportivo de Maputo
HCB de Songo 2 – 0 Chingale de Tete
Ferroviário da Beira 3 – 0 Têxtil de Púnguè
Águias Especiais de Lichinga 3 – 0 Liga Desportiva de Monapo
Clube de Chibuto 1 – 0 ENH de Vilanculo
Ferroviário de Nampula 2 – 1 Ferroviário de Pemba