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Ministério dos Combatentes “caça” supostos falsos beneficiários de pensões

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Sem indicar o número de visados nem a sua localização geográfica em Moçambique, tão-pouco o tipo de pensão, Eusébio Cundiua, ministro dos Combatentes, admitiu, em Nampula, a existência no sector que dirige de indivíduos que beneficiam de pensões sem nunca terem sido combatentes, e disse estar em curso um trabalho, em coordenação com os líderes locais, com vista a desmantelar tal grupo.

Em Moçambique estima-se que existam pelo menos 167 mil combatentes da luta de libertação nacional, os quais clamam por vários apoios e uma vida digna, que passa também pela atribuição de pensões a que têm direito. Do grupo, mais de 300 elementos são considerados incapacitados para exercer quaisquer actividades remuneratórias.

Enquanto isso, os militares da guerra dos 16 anos queixam-se de exclusão. A pensão atribuída pelo Governo moçambicano a combatentes da luta de libertação nacional ronda os 800 meticais, valor que para o grupo é uma ninharia e é desembolsado tarde.

“O problema das pensões transformou-se num grande negócio. Temos assistido pessoas que nunca foram militares a receberem dinheiro do Estado”, afirmou Eusébio Cundiua, num encontro com os desmobilizados de guerra, mantido no último domingo (12) em Nampula, e anoutou que alguns funcionários dos Combatentes, das Finanças e dos Registos e Notariado facilitam a ocorrência de esquemas fraudulentas.

O governante disse ainda que a existência de combatentes infiltrados se deve a fragilidades no controlo, por isso, pediu maior colaboração dos líderes comunitários e dos próprios combatentes na denúncia dos tais “fantasmas”, que recorrem à corrupção para prejudicarem a quem realmente lutou em defesa da pátria.

“É preciso alertar a essas pessoas que se aproveitam da nossa distração para se afastar dessas práticas. Não podemos dividir dinheiro com indivíduos que nunca pegaram em armas”, declarou o ministro após a intervenção de dezenas de combatentes com idade inferior a 40 anos de idade.


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