A adjudicação das obras de reabilitação da avenida Julius Nyerere ao consórcio Britalar/Ar-Lindo, por parte do Conselho Municipal de Maputo, está a ser investigada pelo Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), por estar ferida de irregularidades. O contrato de cerca de 12,5 milhões de dólares norte-americanos, que previa a conclusão dos trabalhos em 2012, foi rescindido em Janeiro deste ano devido aos sucessivos incumprimentos do prazo e pela má qualidade do trabalho que havia sido feito pelo consórcio.
De acordo com Bernardo Duce, porta-voz do GCCC, citado pelo jornal Notícias, o processo está já numa fase muito avançada, esperando-se que o desfecho seja conhecido dentro em breve.
Paralelamente ao processo que corre na “anti-corrupção”, o Conselho Municipal de Maputo foi orientado a accionar as cláusulas contratuais, o que conduziu à rescisão do vínculo que vigorava desde 2011, cujo objecto principal era a reconstrução e entrega, no ano seguinte, de uma estrada de qualidade, mediante o pagamento de cerca de 12,5 milhões de dólares norte-americanos.
Em Maio de 2013, já fora do prazo, o consórcio entregou o primeiro troço da via que vai da Praça do Destacamento Feminino ao Nó do Palmar, ponto do qual se acede à zona do Hospital Privado, Escola Portuguesa e Mercado do Peixe. Entretanto, à medida que o trio de empreiteiros enfrentava dificuldades para avançar, a parte da rodovia, já em uso, revelava má qualidade do trabalho efectuado, apresentando buracos, o que levou o dono da obra a notificar os construtores para refazerem o troço, o que não chegou a acontecer.
Em Janeiro, o Município de Maputo comunicou publicamente a rescisão do contrato com os construtores e, tempo depois, lançou um segundo concurso para a selecção de um novo empreiteiro, o que se efectivou este mês.
Assim, a obra foi adjudicada a Construções Gabriel AS Couto ao preço de cerca de 6.9 milhões de dólares norte-americanos, devendo ser concluída no próximo ano.