Uma cidadã que responde pelo nome de Eduarda Sambo, de 18 anos de idade, esqueceu a sua filha de apenas cinco meses de vida, por volta das 21h00, numa barraca onde esteve a consumir álcool, na passada quinta-feira (16), no bairro do Aeroporto, na capital moçambicana.
Um cidadão que responde pelo nome de Marcos Matsinhe, de 42 anos de idade, vizinho de Eduarda, que também estava no local, contou que a jovem mãe bebeu de tal sorte que começou a cambalear, parecia ter ficado sem norte, abandonou a criança no chão e foi-se embora na companhia de três amigos.
Na altura em que a visada se ausentou do sítio nenhuma das pessoas presentes pensou que ela fosse embora de vez. Volvido algum tempo, certos cidadãos aperceberam-se de que a recém-nascida tinha sido largada à sua sorte e ninguém sabia do paradeiro da progenitora.
A criança, a dormir, foi levada por Matsinhe para a casa dos avôs paternos, que dista sensivelmente dois quilómetros do lugar onde a miúda se embebedava. Este, porém, disse que tinha medo de que a menor despertasse e começar a chorasse, o que faria com que “alguns indivíduos pensassem que roubei uma bebé e eu podia ser espancado”.
Em contacto com o @Verdade, Eduarda refutou as acusações de desleixo que pesam sobre si e afirmou que quando saiu daquela barraca tinha a intenção de regressar para levar a filha consigo. Aliás, ela disse que, apesar da demora, jamais teria coragem de abandonar a sua própria filha.
Todavia, durante a entrevista, a jovem deixou escapar que enfrenta dificuldades para criar a recém-nascida porque não dispõe de condições para o efeito, mas os familiares do rapaz que a engravidou estão à altura de o fazer.
Por sua vez, Lurdes Macamo, de 63 anos de idade, avó paterna da criança, emocionou-se ao lembrar-se de que a neta foi largada à sua sorte numa barraca pela própria mãe, o que podia ter resultado em desgraça.
A recém-nascida está, neste momento, sob os cuidados do pai e dos avôs paternos.