Uma menor de três anos de idade, de nacionalidade sul-africana, sequestrada por uma cidadã moçambicana no passado dia 3 de Agosto, na África do Sul, foi resgatada no fim-de-semana passada no município da Matola, pela Polícia da República de Moçambique (PRM) em parceria com a Unidade de Elite de Investigação Criminal da África do Sul (Hawks, sigla em inglês) e a Polícia Internacional (INTERPOL, sigla em inglês).
Segundo as autoridades policiais, três pessoas foram detidas, a cidadã moçambicana no subúrbio de Daveyton na província de Gauteng, e dois outros cidadãos moçambicanos que foram encontrados na residência que serviu de cativeiro durante cerca de quatro semanas no bairro da Machava Socimol.
A criminosa, cuja identidade não foi divulgada pois ainda decorrem diligência para legalizar a sua detenção, confessou ter-se aproveitado do facto de trabalhar como empregada doméstica na residência dos pais da menor para sequestrá-la e depois traficá-la para Moçambique. Um resgate de 500 mil rands (cerca de dois milhões de meticais) foi exigido aos parentes da menor.
A criminosa vai ser acusada de extorsão, sequestro, tráfico humano e ainda de se encontrar ilegalmente na África do Sul.
Os dois detidos em Moçambique, ao que tudo indica familiares da sequestradora, afirmaram desconhecerem o facto de a menor ter sido sequestrada, afirmando terem-na acolhido julgando ser filha da cidadã ora detida na África do Sul.
As autoridades moçambicanas apreenderam na posse dos dois indivíduos, que vão ser acusados de sequestro e tentativa de assalto, uma arma de fogo do tipo AK47, três pistolas e algumas dezenas de munições.
“Ela (a menor) estava feliz, muito feliz por ouvir as nossas vozes. As nossas rezas foram escutadas, agradecemos as autoridades envolvidas”, afirmou o pai da menor nesta quarta-feira (10) após falar telefonicamente com a sua filha que ainda irá passar por exames médicos para se avaliar eventuais traumas do sequestro.