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Educação vai recalendarizar o ano lectivo nas zonas afectadas pelas cheias em Gaza

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As zonas afectadas pelas cheias na província de Gaza, Norte de Moçambique, registam um atraso no cumprimento do calendário escolar de pouco mais de um mês, segundo o Ministério da Educação (MINED), que diz que vai, em breve recalendarizar o ano lectivo nesses locais, de forma a adequa-lo à realidade imposta pelas intempéries.

Quem o disse foi Itae Meque, vice-ministro do pelouro depois de uma visita de cinco dias efectuada àquela província, onde das 360 mil crianças matriculadas para o presente ano lectivo, mais de 70 mil foram afectadas pelas cheias e inundações e, por via disso, ficaram impedidas de estudar.

Segundo o jornal Notícias, o governante esteve em Gaza com o objectivo de avaliar os efeitos causados pelas enxurradas no seu sector e transmitir uma mensagem de solidariedade para com os professores, alunos, pais e encarregados de educação.

Itae Meque disse que a sua comitiva ficou impressionada com a limpeza das salas de aulas feita pelos professores, estudantes e pais e encarregados de educação no sentido de garantir o reinício urgente das actividades de ensino e aprendizagem.

Referiu que a recuperação do tempo perdido devido às cheias irá exigir o envolvimento dos professores e das respectivas direcções distritais, sobretudo em Chókwè e noutros pontos de Gaza.

Entretanto, de acordo com o matutino, o vice-ministro da Educação encerrou a sua visita de trabalho com uma reunião com professores em exercício na capital provincial de Gaza, onde a tónica foi a problemática da falta de progressão nas carreiras profissionais, nomeações definitivas e a existência de esquemas fraudulentos envolvendo alguns funcionários desonestos ligados ao sector do Recursos Humanos, tanto na Direcção Provincial de Educação como ao nível do sector na cidade de Xai-Xai.

Material escolar para crianças afectadas

A Plan International, uma organização humanitária que trabalha na área de protecção da criança, iniciou na semana passada, a distribuição de material escolar para cerca de 10 mil alunos de diversos estabelecimentos de ensino do distrito de Chókwè, o mais flagelado pelas cheias.

A disponibilização daqueles materiais, de acordo com Eunice Themba, gestora de comunicação daquela organização de assistência humanitária, insere-se no amplo movimento de solidariedade para com as vítimas das cheias e inundações que afectaram particularmente as regiões centro e sul do país.

Aquela organização vai também prestar apoio psicológico para 252 professores atingidos pelas intempéries, segundo Eunice Themba, para quem a sua instituição vai, numa primeira fase, abranger 19 estabelecimentos de quatro Zonas de Influência Pedagógica (ZIP), designadamente de Machel, Chilembene, Macarretane e a cidade de Chókwè.


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