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Alunos da escola da ADEMO em Nampula aguardam pelos resultados dos exames de 2012

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Mais de 15 alunos da escola Comunitária da Associação dos Deficientes de Moçambique (ADEMO) em Nampula, Norte de Moçambique, foram, no ano passado, submetidos aos exames da 10ª e 12ª classes de forma fraudulenta e tantos outros ainda estão à espera de saber se transitaram ou não de classe.

Dados em poder do @Verdade indicam que dos 15 alunos, alguns em nenhum momento sentaram na carteira durante o ano de 2012 e outros não tinham declarações de passagem da 8ª e 9ª classes, outros ainda não frequentaram a 10ª classe, por exemplo, por isso, não tinham o direito de fazer a 12ª.

A nossa Reportagem soube que a descoberta do esquema foi graças à demora na de afixação dos resultados dos exames da segunda época, afacto que deixou as autoridades da Educação agastadas.

Uma fonte da Direcção Provincial da Educação em Nampula disse-nos que os visados teriam pago a alguns professores e à direcção da ADEMO valores que varia de 15 a 30 meticais para serem incorporados no esquema que, de forma fraudulenta, garantiria a sua apssagem. A direcção da ADEMO já foi notificada para esclarecer o que teria acontecido mas ainda não o fez.

A Escola Comunitária e Secundária da Ademo levou para os exames pouco mais de 400 alunos, dos quais apenas 25 por cento é que viram os seus resultados publicados. Os restantes ainda não sabem qual é a sua situação alegadamente porque têm problemas relacionados com a corrupção e falta de documentação.

Alguns pais e encarregados de educação escrevessem uma carta a reclamar da situação junto das autoridades, mas sem sucesso. A escola da ADEMO em Nampula é também considerada um antro de indisciplina uma vez que os alunos cometem assaltos, prostituem-se, consumem bebidas alcoólicas e outros tipos de drogas.

O adjunto pedagógico do segundo ciclo, Joaquim Tinga, não nega nem confirma estes problemas, mas afirmou que o único assunto de que tinha conhecimento é o da não afixação dos resultados de um grupo de examinandos da 10ª e 12 ª classe, supostamente por falta de pagamentos de mensalidades.

Sobre os 15 alunos submetidos aos exames de forma fraudulenta o nosso interlocutor negou comentar alegadamente porque não é da sua alçada falar do assunto nem da fraude. Enquanto isso, Judite Mussacula, directora da Escola Secundária de Nampula, disse que a não afixação dos resultados em causa é da inteira responsabilidade da ADEMO.


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