Os dedos dos munícipes de Quelimane que tinham exercido o seu dever cívico, depois de passarem pela água ou até com o próprio suor causado pelos 38º centígrados, não distinguiam os votantes dos não votantes.
Nesta autarquia, as mesas de voto abriram pontualmente às 7horas. @Verdade acompanhou o processo de votação de ambos candidatos. Abel de Albuquerque, candidato à edil pelo partido Frelimo, votou no bairro 1º de Maio, no campo do Benfica.
O actual edil e candidato a sua própria sucessão, Manuel de Araújo, exerceu o seu direito de cidadania na Escola Primária Completa de Coalane. Ambos candidatos apelaram que as pessoas não esperassem pela última hora para fazer a sua escolha. Araújo também falou da importância da paz e da pertinência de deixar as pessoas decidirem sem pressão.
Postos literalmente cheios e outros nem tanto
A nossa Reportagem visitou os postos localizados nos bairros de Micajune, Sampene, Gogone e nas escolas primárias 17 de Setembro e Coalane. O bairro 1º de Maio também foi um dos locais visitados pela nossa equipa de reportagem. Nestes locais verificámos que algumas assembleias registavam filas enormes e nas outras a adesão era relativamente fraca.
Importa, contudo, referir que nas mesas de voto onde se registou uma fraca adesão a média de atendimento cifrou-se em 170 pessoas até às 10horas. O sentimento de alguns cidadãos que pela primeira vez exerceram seu diver cívico é de satisfação.
Teresinha Mário Pequenino, eleitora, 24 anos de idade, disse que foi à urna para eleger seu partido e o candidato predilecto e que possa cumprir com o seu manifesto eleitoral edesenvolver a autarquia em infra-estruturas sociais.
Cardoso Guilherme, 66 anos de idade, era o rosto da satisfação depois de exercer o seu direito de cidadania. Traçou um balanço positivo das primeiras horas. “As filas estão bem organizadas e o processo decorre de forma ordeira. Isso é positivo. Espero que continue assim até ao final do dia”, referiu. O caso da tinta Os eleitores constaram que a tinta indelével sai após o contacto com a água e até com o seu próprio suor.
Teresa Diogo, 36 anos de idade, mostrou o seu dedo indignada ao nosso repórter depois de votar no 1º de Maio. “Olhem”, disse esbaforida. “Lavei a mão e a tinta saiu. “ E fraude”, sentenciou convicta. @Verdade fez um ronda e constatou que a tinta sai com uma facilidade inusitada. Depois de passar o dedo pela ‘agua ‘e impossivel provar que se tenha votado.
Emilio Rapolho, chefe das operacoes e educacao civica do STAE provincial, disse “ tomou conhecimento” da situacao e não confirma que a tinta sai. “ Já experimentei e a tinta não saiu” , disse. Varias as entidades não só do Governo local e da sociedade civil multiplicam os apelos aos cidadãos que ainda não se deslocaram aos postos de votação para irem votar. Tanto aos delegados dos partidos assim como membros das assembleias afirmam que o processo iniciou sem sobressaltos.