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Xiconhoquices da semana: Custo para a residência da Presidente da Assembleia da República; Vandalização do Centro de Tratamento de Cólera em Quelimane;

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Os nossos leitores escolheram as seguintes xiconhoquices na semana finda:

Custo para a residência da Presidente da Assembleia da República

A residência oficial da Presidente da Assembleia da República (AR), a ser construída nesta legislatura que termina em 2019, vai custar aos cofres do Estado 90.142.355 de meticais. Aliás, o melhor é escrever esta quantia por extenso para que não haja dúvidas: noventa milhões, cento e quarenta e dois mil, trezentos e cinquenta e cinco meticais. Tudo indica que Verónica Macamo será a primeira inquilina a viver numa habitação que vai custar tanto suor aos moçambicanos em termos de impostos. O valor, que é muito acima do que foi atribuído a outros sectores prioritários, já consta do orçamento (1.286.717.186,29 meticais) da AR para este ano. Esta aberração não devia ser permitida num país onde a miséria ainda apoquenta milhões de moçambicanos, os hospitais dos distritos funcionam quase aos improvisos por falta de verbas e alguns polícias tornam-se ladrões por fome.

Vandalização do Centro de Tratamento de Cólera em Quelimane

Populares invadiram o Centro de Tratamento de Cólera em Quelimane alegadamente para travar o que consideravam de disseminação da doença pelas autoridades sanitárias, as quais também eram acusadas de retirar alguns órgãos nos cadáveres para fins não revelados. Chega a ser irritante como as pessoas, sobretudo das províncias centro e norte de Moçambique (nada de tribalismo nem regionalismo), acreditam na feitiçaria. Esta ignorância, do tamanho do mundo, é repulsiva. Desde quando os profissionais de saúde precisaram de extrair órgãos em defuntos sem razões médicas devidamente indicadas? As pessoas que vandalizaram aquele local, colocando a vida dos pacientes em risco, o que não sabem é que a cólera é uma doença contagiosa; por isso, os médicos aconselham para que não se toque nos cadáveres, sob pena de se aumentar o contágio.

Organização do Festival de Zouk

A cidade de Maputo acolheu no último fim-de-semana a 4a edição do Festival de Zouk. O que era suposto ser uma festa transformou-se num calvário para centenas de citadinos, que passaram por humilhações. Para se ter acesso ao recinto foi preciso submeter-se, primeiro, a uma confusão, enfrentar a Polícia que andava aos tiros, desafiar os cães, o acesso a sanitários foi uma lástima e o som, então, era deficiente. Aquilo foi uma vergonha. Ficou provado que os organizadores dos espectáculos não passam de aventureiros nestas coisas. Aliás, consta que a venda de bilhetes foi superior ao limite de lugares no local. Isto é realmente uma xiconhoquice. O cheiro nauseabundo dos sanitários móveis ali instalados incomodava tudo e todos. Será que as bandas reputadas como os Tabanka Djaz já tinham vivido algo igual?


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