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Avaria de batelão condiciona travessia entre Quelimane e Inhassunge

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O batelão que liga a cidade de Quelimane ao distrito de Inhassunge, na província da Zambézia, através das águas do rio dos Bons Sinais, encontra-se paralisado desde o dia 25 de Maio último, devido a uma avaria grossa. Como forma de minimizar o sofrimento a que os cidadãos estão sujeitos, alguns pequenos operadores disponibilizaram as suas embarcações, mas estas não oferecem segurança aos passageiros e bens. O problema prevalece há muito tempo e periga vidas, mas não existe nenhuma solução à vista.

Mesmo na altura em que o batelão estava operacional, dezenas de pessoas morriam mensalmente por naufrágio em pequenas embarcações que auxiliam na travessia do rio dos Bons Sinais. Os barcos em causa não oferecem segurança, cenário que, neste momento, pode agravar-se, uma vez que os utentes dos referidos meios de transporte não têm outra alternativa para se fazerem aos seus postos de emprego.

Os professores, sobretudo os que leccionam os níveis primário e secundário, alegam que optam por correr o risco de vida para que os seus deveres nos estabelecimentos de ensino a que estão afectos sejam observados, pois as crianças não podem ficar à sua sorte.

O primeiro entrevistado com o qual entabulámos uma conversa, identificado pelo nome de Castro Brito, considerou que a viagem entre Quelimane e Inhassunge “é difícil porque o batelão avariou e só podemos arriscar a vida para chegar ao posto de trabalho que fica noutro lado da margem".

O nosso interlocutor disse que os passageiros optam sempre pelas pequenas embarcações por falta de opção, pese embora não ofereçam condições de segurança. Caso haja algum problema no alto do rio todos ficam com o coração na mão. As barcas não dispõem de salva-vidas. As que têm estes dispositivos de segurança contra os naufrágios são insuficientes para satisfazer uma multidão que se faz transportar de uma margem para outra.

Por sua vez, os operadores marítimos reconhecem a insegurança dos seus barcos e alegam que o facto de o batelão que liga a cidade costeira de Quelimane ao distrito de Inhassunge ter avariado obriga-lhes a terem de socorrer centenas de pessoas que precisarem desses meios de transporte para cumprirem as suas tarefas nos locais de trabalho.

Marcelino Lopes, proprietário de um barco que por cada viagem leva pelo menos 40 passageiros, reconheceu a preocupação dos utentes.

Importa referir que, devido à avaria do batelão, a Administração Marítima da Zambézia emitiu um aviso, segundo o qual é determinado um horário para os operadores das pequenas embarcações, que vai das 05h00 às 17h15. O documento aponta como causas do período em alusão a fraca visibilidade associada à falta de equipamentos e luzes para a navegação dos barcos.


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