Mais uma ronda negocial entre as delegações do Governo e da Renamo terminou em impasse esta segunda-feira (19).
Trata-se do décimo sétimo encontro entre as partes que estão na mesa de negociações desde Dezembro último e primeiro após o término da sessão extraordinária da Assembleia da República, na qual havia sido agendada a revisão do pacote eleitoral.
O pomo da discórdia continua o mesmo, ou seja, o Governo insiste em recusar a paridade exigida pela Renamo na composição dos órgãos eleitorais, nomeadamente Comissão Nacional de Eleições (CNE) e Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).
A delegação Governamental considera que as duas equipas deviam preparar o encontro entre as lideranças máximas do Governo e da Renamo, pois estes podem debater e deliberar sobre as matérias em causa.
“Hoje a Renamo disse que o Governo devia fazer uma viragem e concordar com os três pontos sobre os quais até agora temos discordado e discordarmos com os 16 pontos com as quais concordamos e nós dissemos que no mínimo ela não está a ser séria”, disse o chefe da delegação do Governo, José Pacheco.
Por sua vez, a Renamo considera que “se o Governo tem a consciência de que de facto não é nos órgãos eleitorais onde se ganha as eleições devia aceitar a nossa proposta de haver paridade dos na composição dos órgãos eleitorais” As duas equipas dizem-se dispostas a prolongar o debate até que se alcance o consenso sobre as matérias em discussão.