Consta que, após o nascimento de um homem, as parteiras carregam o recém nascido e gritam alegremente: “é homem”. Os nossos antepassados celebravam o parto de um varão. Acreditavam que o mesmo significava a continuidade do nome da família e o prenúncio de prosperidade. Isso, nestes tempos onde qualquer mediocridade é elevada aos píncaros da adoração, as coisas já não são o que eram e os homens não honram as calças que usam. Sobram, na verdade, muito poucos homens nesta terra que gerou Samora, Mondlane e Uria Simango.
O G40, grupo de Analistas que serve ao regime e que foi criteriosamente escolhido para amplificar a voz do Governo, é disso o exemplo mais flagrante. O extremo mais distante dessa casta de homens que abdicou dos prazeres da juventude para embarca na utopia de libertar o país da opressão. O que marca esses homens que construíram a possibilidade de sermos livres é o orgulho pelo facto de terem nascido homens e a prova que deram ao deixar o conforto do lar para embrenhar nas matas.
O oposto daquilo que significa o G40. E nem se trata de pensar diferente. É mesmo filosofia de rebanho em torno da vontade de um pastor soberano e esquizofrénico e a demissão da condição masculina. A sublimação da cobardia diante do pastor. A falsa adoração de quem ama migalhas e recolhe menos do que nada da mesa do todo poderoso.
Contudo, não importa falar do pastor, mas das ovelhas e da sua imensa sacanice e falta de auto-estima no exercício de genuflexão maiúscula diante de um destino incerto. Como é que um homem, pelo menos é o que se presume pela aparência, abraça os filhos e beija a mulher quando dobra facilmente a espinha dorsal por algo que sequer acredita? Não pode ser dinheiro. Só podemos compreender isso como uma doença dos tempos modernos, uma doença que tolhe o discernimento e trucida o amor próprio. Como é que estes indivíduos olham para os pais e para os familiares se abdicam da sua masculinidade quando atravessam a porta de casa?
Será que há decência na escravidão? É preciso salvar estes cidadãos. Precisam de ser resgatados do curral onde foram penhorar a consciência e onde conspiram para vender a pátria. Esse covil onde congeminam esquemas pútridos contra os que ousam desfrutar, sem pejo, da condição de serem homens e apontar o dedo ao todo poderoso. O Jornal Público, liderado por um G40 abnegado, saiu à rua para reagir à indignação do Professor Carlos Nuno Castel Branco e pariu um nado morto. A tentativa de reduzir a imagem de Castel Branco foi um autêntico fracasso. A reacção causou o efeito contrário. Hoje, mais do que nunca, as pessoas procuram a carta endereçada ao todo poderoso. A mesma circula nos e-mails e nas redes sociais. É partilhada e impressa em papel. Aplaudida nas barracas e nos restaurantes de luxo.
É isso que não se pode compreender sem ser, de facto, homem. Atacar, só por atacar, não é nada. E só mesmo um par de rameiras mal mal intencionadas é que poderia rebaixar, por mera ignorância, a figura de quem tentam defender. Hoje, por conta desses acéfalos, Castel Branco é tão popular quanto Guebuza. A diferença é que um, o primeiro, é popular porque pisou os calos do todo poderoso e o segundo pelo seu manifesto amor à incompetência personifica na figura do G40.