Quantcast
Channel: @Verdade online
Viewing all 11095 articles
Browse latest View live

Filipe Nyusi promove oficiais da Renamo

$
0
0

O Presidente da República, Filipe Nyusi, promoveu na quarta-feira (15) os coronéis Xavier António e Araújo Maciacona aos postos de Brigadeiro, bem como Inácio Luís Vaz e Ibraimo Lácimo Abibo, de Capitão-de-Mar-e-Guerra ao posto de Comodoro.

A promoção surge no âmbito dos consensos alcançados entre o Governo e o partido Renamo, durante as conversações para a paz efectiva, de acordo com um comunicado da Presidência da República.


Julgamentos colectivos tiram perto de 500 reclusos das cadeias moçambicanas

$
0
0

Foto de Emildo SamboSeiscentos e oitenta reclusos foram condenados, 267 absolvidos e 228 beneficiaram de penas alternativas à prisão, durante os “Julgamentos em Campanha”, levados a cabo pelo Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos (MJACR), em Julho deste ano, em sete províncias do país. O titular do pelouro, Joaquim Veríssimo, estimou, recentemente, que há 20.037 reclusos nos estabelecimentos penitenciários.

Mas o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) refere, no seu relatório intitulado “Estatísticas de Crime e Justiça de 2017”, recentemente tornado público, que, em 2017, a população prisional já ultrapassava 28 mil.

Neste contexto, o MJACR submeteu, de 04 a 18 de Julho passado, em coordenação com as outras entidades judiciais, 1.175 prisioneiros a julgamentos em alusão na Zambézia, no Niassa, em Cabo Delegado, Nampula, Manica, Sofala e na cidade de Maputo.

Avaliadas em 16 milhões de meticais, financiados pela Embaixada da Dinamarca, as actividades movimentaram 538 profissionais, disse Firoza Gani, directora nacional de administração da justiça, naquela instituição do Estado. O

s processos submetidos a esse programa eram maioritariamente sumários e pesava sobre os réus crimes tais como “furto, abuso de confiança e burla por defraudação”, disse a fonte, secundada por Adelino Laíce, director nacional de assistência jurídica no Instituto do Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ).

Segundo Firoza Gani, dos 267 arguidos absolvidos, 124 são da província de Manica, onde igualmente houve maior número de reclusos condenados (343).

Só no Niassa, por exemplo, 47 réus beneficiaram de penas alternativas à prisão. Trata-se de um castigo aplicado aos reclusos condenados a penas até dois anos e a mesma pode se traduzir na realização de trabalhos comunitários, multas, entre outras acções com vista à ressocialização dos mesmos.

Todavia, nem sempre este desiderato é conseguido, uma vez que são reportadas situações em que determinados reclusos que beneficiaram destas penas ou de liberdade condicional cometem novos crimes.

Aliás, há situações em que a própria população não vê com bons olhos o facto de uma pessoa privada de liberdade, por causa do cometimento de um certo crime, regresse à comunidade.

Sobre este ponto, a directora nacional de administração da justiça, disse, responde a uma pergunta do @Verdade, que a população é parte activa da execução e efectivação de penas alternativas à prisão, na medida em que deve permitir a ressocialização e reintegração do réu na comunidade. Segundo ela, há necessidade de perceber que se o indivíduo retornou à sociedade é porque já “pagou pelo crime que cometeu”, ressarciu às vítimas, à sociedade e o Estado.

Os “julgamentos em campanha” são um programa do Governo moçambicano cujo propósito é reduzir a superlotação das cadeias e acelerar os processos criminais, mormente pendentes, e que consiste em o juiz deslocar-se ao estabelecimento penitenciário para julgar os detidos, contrariamente ao sistema tradicional em que os reclusos são levados ao tribunal.

Visa ainda, segundo Firoza Gani, “a melhoria gradual do acesso à justiça e ao direito” e observância da salvaguarda dos “direitos humanos e diminuição dos encargos ao Estado no que diz respeito ao transporte de detidos dos estabelecimentos penitenciários para os tribunais e vice-versa”.

A fonte disse que é preciso institucionalizar o projecto em alusão e orçamentar o trabalho dele inerente para que o Governo não dependa do financiamento dos parceiros de cooperação. Deve-se igualmente “alargar os julgamentos em campanha para todo o país”, principalmente para os “distritos ainda não abrangidos”.

Formadas comissões de trabalho para desarmamento da Renamo

$
0
0

Foto da Presidência da RepúblicaO Governo e a Renamo formaram quatro comissões de trabalho compostas por 22 elementos, sendo 11 para cada lado, na quarta-feira (15), na capital moçambicana, para a prossecução e a materialização do dossiê sobre o desarmamento da Renamo e a desmobilização e reintegração dos seus homens armados, bem como a inclusão dos seus oficiais no Exército e na Polícia, no âmbito dos consensos que têm sido alcançados pelas partes, com vista à paz afectiva.

Segundo o Presidente da República, Filipe Nyusi, a primeira comissão é a dos Assuntos Militares e “subordina-se directamente aos superiores das duas partes”.

Esta comissão terá, entre outras tarefas, de fazer o planeamento de actividades no sentido de garantir a supervisão e a implementação do documento consensualizado pelas partes.

Deverá, também, “assegurar a cessação definitiva das hostilidades militares, propor medidas para prevenir e investigar possíveis violações ou infrações”.

Cabe à mesma comissão, ainda de acordo com o Presidente da República, o desarmamento, a desmobilização e a reintegração dos homens da Renamo.

Foi igualmente criado o Grupo Técnico Conjunto para Enquadramento, o qual lida com a integração do braço armado da “perdiz” nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) na Polícia da República de Moçambique (PRM).

Esta equipa vai, para além de cumprir o cronograma de enquadramento dos oficiais oriundos da Renamo, estudar e avaliar os processos individuais dos mesmos oficiais constantes das listas apresentadas pelo partido a que pertencem. O trabalho inclui ainda verificar a formação e adequação dos oficias em causa.

As partes criam ainda o Grupo Técnico Conjunto para Desarmamento, Desmobilização e Reintegração. Este terá a sua sede na cidade da Beira, esclareceu o Comandante-Chefe da Forças Armadas.

As tarefas desta equipa, explicou o Alto Magistrado da Nação, são: elaborar o plano de actividades e o cronograma de desarmamento, desmobilização e reintegração dos guerrilheiros da Renamo, receber deste partido “informações sobre os seus efectivos armados, sua localização, o armamento em sua posse e outro material bélico”.

Num outro desenvolvimento, o Presidente da República disse que o Grupo Técnico Conjunto para Desarmamento, Desmobilização e Reintegração tem a missão de “proceder a inquéritos e entrevistas para identificar as opções dos beneficiários em função das quais possa recomendar os moldes de reintegração socioeconómicas dos homens da Renamo”, bem como garantir que, findo o desarmamento, desmobilização e reintegração as bases e centros de acomodação estejam completamente livres de artefactos bélicos ou engenhos explosivos.

A quarta equipa é de Monitoria e Verificação. O chefe do Estado disse que a mesma funciona há algum tempo e tem a sua sede no distrito de Gorongosa, província de Sofala.

Outrossim, este grupo, sobre a orientação da primeira comissão [Assuntos Militares] “tem o mandato de assegurar a monitoria e verificação da implementação do desarmamento, da desmobilização e da reintegração dos elementos armados da Renamo e da cessação das hostilidades militares”.

Para o efeito, é imprescindível “observar estritamente o documento de consenso conformado pelos superiores”, afirmou Filipe Nyusi, acrescentando que o Grupo Técnico de Monitoria e Verificação deverá efectuar visitas periódicas aos centros de acomodação para se certificar do seu funcionamento em consonância com objectivos para os quais foram criados e de acordo com o documento de consenso.

A composição dos grupos, que começaram a trabalhar na mesma quarta-feira, é a seguinte:

1. Comissão de Assuntos Militares Representantes do Governo a) Major-General Eugénio Ussene Mussa b) Primeiro-Adjunto de Comissário Paulo Chachine c) Tenente-Coronel Manuela de Oliveira Macembusse Representantes da Renamo a) André Joaquim Magibire b) Leovigildo Buanancasso c) António Augusto Eduardo Namburete

2. Grupo Técnico Conjunto para Enquadramento Representantes do Governo a) Brigadeiro Luciano Amândio Soares Barbosa b) Coronel Fidelino Rajabo Anselmo Representantes da Renamo a) Brigadeiro David Roai Koriasse Munongoro b) Coronel Araújo Andeiro Maciacona

3. Grupo Técnico Conjunto para Desarmamento, Desmobilização e Reintegração Representantes do Governo a) Brigadeiro Anastácio Zaqueu Barassa b) Tenente-Coronel Gabriel Macha Representantes da Renamo a) Brigadeiro Josefo Isaías de Sousa b) Tenete-Coronel Evaristo Massave

4. Equipa de Monitoria e Verificação Representantes do Governo a) Coronel Borge Nordino b) Coronel Zeca Mulatinho Cebolinho c) Superintendente Principal Lobreiro Napoleão d) Tenente-Coronel Viriato Alberto Tamele Representantes da Renamo a) Coronel João Jone Buca b) Tenente-Coronel Brito Caetano Colete c) Major Carlos Esquinar Chumbo d) Capitão Augusto Martinho Pahiwa.

O Governo e Renamo criaram também um Grupo Internacional de Contacto, constituído pelo embaixador da Suíça, na qualidade de presidente do mesmo; Estados Unidos da América, com função de vice-presidente.

O grupo é ainda composto pelos embaixadores da União Europeia, da China, Botswana, Reino Unido, Noruega. Eles continuarão a dar a sua contribuição, “sobretudo nesta fase crucial da angariação de recursos para o desarmamento, desmobilização e reintegração”.

Nyusi afirmou que será criado outro grupo internacional para trabalhar com o Grupo Técnico de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração.

O conjunto deverá “pautar pela imparcialidade, ter experiência comprovada em processos de desarmamento, desmobilização e reintegração, acções de apoio à paz, experiência de comando e direcção de gestão de pessoal”.

 

Neto mata avó à paulada por alegada feitiçaria na Beira

$
0
0

Um jovem de 27 anos de idade está a contas com as autoridades policiais de Sofala, no centro de Moçambique, acusado de atirar a vida à própria avó, com recurso a um pau de pilar, supostamente porque o enfeitiçava e era responsável pelo seu insucesso na vida.

A vítima, de 81 anos de idade, residia algures na cidade da Beira e encontrou a morte nas mãos do neto, por volta das 05h00 de terça-feira (14).

O jovem, que vivia com a malograda desde criança, disse ter tomado conhecimento de que a sua vida não corria a contento através de um curandeiro. Este apontou a finada como responsável por tal infortúnio e recorria à superstição. Diante de tal situação e sem alguma introspecção, o presumível homicida não poupou esforços em descarregar a sua fúria na pessoa que lhe trouxe a mãe ao mundo e que mal podia se defender.

Fonte da Polícia da República de Moçambique (PRM), na Beira, disse ao @Verdade que iniciado desferiu três golpes contra a malograda. E já nas mãos das autoridades, “ele [o suspeito] confessou o crime e disse que matou a avó porque era feiticeira. A vítima, segundo o jovem, fazia magia negra para ele não progredir na vida e nunca ter uma boa relação amorosa com qualquer mulher”, disse o nosso interlocutor.

Por sua vez, Sididi Paulo, porta-voz do Comando Provincial da PRM em Sofala, deplorou, em declarações a jornalistas, a justiça pelas próprias mãos e apelou à população para que em caso de conflitos contactem as estruturas locais para dirimi-los.

Refira-se que o sociólogo moçambicano e Professor Catedrático, Carlos Serra, defende que “as crianças não nascem a acusar pessoas”, de feiticeiras ou ladrões, elas aprendem dos adultos a fazê-lo e no futuro cometem estes e “outros crimes que conhecemos”.

Em 2015, ele disse, numa Conferência Nacional sobre a Provisão do Acesso à Justiça e ao Direito”, realizado pelo Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, através do IPAJ, sobre “Violência Contra os Idosos”, que os miúdos entendem, erradamente, que as bruxas deviam ser queimados vivas.

Eles, pese embora estejam na escola, mentalizam uma forma errada de lidar com os anciãos julgam que a bruxaria é praticada apenas por mulheres.

Esta percepção errónea sobre os idosos é, segundo Carlos Serra, reflexo da educação, diga-se errada, que os pais e encarregados de educação transmitem às crianças. Elas “não nascem a acusar pessoas”, de prática de feitiçaria, mas sim, aprendem a fazê-lo, o que significa que no processo cultural de aprendizagem e de socialização elas aprendem a dividir os seres humanos “entre feiticeiros e não feiticeiros, especialmente as mulheres”.

Moçambola: Ferroviário de Maputo ganhou e dilatou vantagem na liderança

$
0
0

Foto da página do facebook do Ferroviário de MaputoO Ferroviário de Maputo venceu nesta quarta-feira (15) a Universidade Pedagógica de Manica e aproveitou o tropeço dos campeões, que em Tete receberam e não foram além de um empate com o Costa do Sol, para dilatar a sua vantagem na liderança do Campeonato nacional de futebol.

Em mais um jogo que não encheu os olhos dos poucos adeptos que se deslocaram ao estádio da Machava os “locomotivas” de Nelson Santos somaram a 13ª vitória e cimentaram a posição de líderes isolados graças a um golo solitário de Kamo-Kamo que no minuto 63 colocou no fundo das redes uma bola que bateu soberbamente de livre directo.

Mas o Ferroviário, que começa a sentir a pressão da União Desportiva do Songo que está a acertar as suas partidas em atraso e a galgar posições na tabela, beneficiou-se do empate registado em Tete.

Os “hidroeléctricos” até estiveram em desvantagem, Sibale colocou os “canarinhos” na dianteira no minuto 40, e só no minuto 77 Lau King salvou a honra dos anfitriões.

Eis as classificação ainda com dois jogos atrasados dos campeões:

CLUBES

J

V

E

D

BM

BS

P

Ferroviário de Maputo

21

13

2

6

23

14

41

Liga Desportiva de Maputo

21

11

4

6

28

19

37

União Desportiva do Songo

19

11

4

4

26

17

37

Ferroviário de Nampula

21

10

6

5

28

18

36

Textafrica

21

9

8

4

20

20

35

Clube do Chibuto

20

9

6

5

25

11

33

Maxaquene

20

8

7

5

23

16

31

Ferroviário da Beira

21

6

8

9

22

18

26

Costa do Sol

21

6

8

7

16

11

26

Ferroviário de Nacala

21

6

7

8

14

19

25

11º

ENH de Vilanculo

21

6

6

9

13

22

24

12º

Universidade Pedagógica de Manica

21

5

8

8

15

19

23

13º

Desportivo de Nacala

21

6

4

11

16

20

22

13º

1º de Maio de Quelimane

21

6

4

11

15

25

22

15º

G.D.Incomati

21

4

8

8

9

16

20

16º

Sporting de Nampula

21

2

7

12

9

32

13

 

Tertúlias Itinerantes: 'O inimigo do povo é apontado como o bode expiatório de todos os problemas sociais'

$
0
0

O sociólogo e pesquisador, João Feijó, considera que o recurso ao termo “mão externa”, por parte das autoridades governamentais e do partido no poder, perante cenários de crise ou de contestação, dá a impressão de que os moçambicanos são pessoas desprovidas da sua independência ou capacidade analítica e permanentemente corruptíveis ou manipuláveis.

João Feijó refere que conceitos semelhantes a “mão externa” são bastante antigos e remontam ao período colonial. Durante a luta armada, a Frelimo era apresentada na imprensa colonial como "terroristas", frequentemente indivíduos estrangeiros, tanzanianos, financiados por comunistas russos ou chineses.

O termo “mão externa” tem sido usado em referência às embaixadas ou às agências de desenvolvimento internacional, cujo patrocínio tem sido importante para o funcionamento dos movimentos da sociedade civil, tidos como críticos em discursos políticos e, por isso, pouco patriotas e vítimas passivas de “forças malévolas externas”.

Para João Feijó, esta adjectivação é recorrente sempre que determinados movimentos sociais adoptam atitudes que colidem com os interesses dos grupos dominantes. “O discurso ideológico necessita, frequentemente, de um outro inimigo do grupo, para fortalecer a sua coesão.

O inimigo do povo é apontado como o bode expiatório de todos os problemas sociais, manipulando-se com frequência a história, em função das vicissitudes políticas, marcadas por alianças e traições, cooperações e conflitos entre grupos rivais”, disse João Feijó, que foi orador do sétimo sub-tema do 3° ciclo de debates académicos “Tertúlias Itinerantes”, que teve como tema “A Construção Social do Inimigo do Povo”.

De acordo com o sociólogo e pesquisador, a atribuição do nome “inimigo do povo”, hoje “mão externa”, aos que não se enquadram no modelo de cidadania idealizado (pelos grupos dominantes) não é um fenómeno novo, muito menos exclusivo de Moçambique.

“Se no período colonial se proibia a utilização do nome Frelimo, durante a guerra dos 16 anos evitava-se o nome Renamo, simplesmente designada de “bandidos armados” ou “forças do Apartheid”.

Os adjectivos para se referir ao inimigo eram recorrentes: “reaccionários”, “infiltrados”, “agentes desestabilizadores” ou “lacaios do inimigo”, explicou João Feijó, para quem a identificação do “inimigo do povo” pode contribuir para a união das pessoas, bem como para legitimar as acções de quem esteja no poder, que incluem a violação dos mais elementares direitos dos cidadãos, tendo um imenso potencial de desculpabilização dos erros dos governantes.

“Em 1976, o Departamento de Informação e Propaganda da Frelimo iniciou a publicação de uma série de cartoons, retratando o que se designou de “inimigo interno”, com o objectivo de facilitar a sua identificação e combate. Denominado de Xiconhoca, a personagem aparecia regularmente em posters, revistas, livros escolares e jornais, tornando-se conhecida como o modelo do papel negativo de quem promove o “tribalismo”, o “sexismo” e a “exploração parasita”.

O Xiconhoca apresentava desmazelo, exibia os seus vícios de fumar e beber e desleixo profissional, comportamentos antagónicos ao “Homem Novo”, preconizado pelo partido de vanguarda. Importava assim manter a vigilância, no campo interno, perante um inimigo que permanecia activo”, acrescentou.

Importa referir que a presente edição das Tertúlias Itinerantes decorrem sob o lema “Fluxos de comunicação intercultural no espaço de língua portuguesa: debater o desconhecimento mútuo no contexto da era global”.

Esta iniciativa académica é coordenada por Sara Laísse, da Universidade Politécnica, Eduardo Lichuge, da Universidade Eduardo Mondlane, e Lurdes Macedo, da Universidade Lusófona, de Portugal. Este ciclo irá decorrer até Novembro deste ano, com a apresentação e discussão de 10 sub-temas, sendo um por cada mês, e irá escalar diversos lugares da capital do País.

Camião mata e fere após despenhar-se em Monapo

$
0
0

Uma pessoa morreu e outra ficou gravemente ferida em consequência do despenhamento de um camião que carregava toros de madeira, na manhã de quinta-feira (16), na ponte sobre o rio Monapo, província de Nampula.

Quem perdeu a vida é o motorista. O sobrevivente, mas com ferimentos graves, é seu ajudante.

O camião no qual as vítimas viajavam fazia o percurso cidade de Nampula/Nacala-Porto, esclareceu fonte policial ao @Verdade. Chegado à ponte sobre o rio Monapo, na Estrada Nacional número 8 (EN8), a viatura em causa embateu lateralmente numa outra, também de grande tonelagem.

O sinistro ocorreu por volta das 8h30 e deveu-se à inobservância das regras de trânsito, disse o nosso interlocutor, ajuntando que, “para além do excesso de velocidade por parte dos dois condutores, os toros de madeira não estavam devidamente arrumados num dos camiões”.

Por causa do mesmo sinistro, parte do parapeito metálico montado naquela ponte ficou destruída.

Irmãos matam o pai em Gaza

$
0
0

Um idoso cuja identidade não apurámos perdeu a vida vítima de tortura física protagonizada pelos próprios filhos, na semana finda, no distrito de Massangena, província de Gaza, porque, supostamente, os enfeitiçava.

No caso em apreço, dois irmãos orquestraram a morte do pai com a alegação de que ele era feiticeiro e tal prática concorria para o insucesso nas suas vidas e de outros membros da família.

Os acusados ainda tentaram justificar o crime, alegando que o um curandeiro teria lhes assegurado a prática que imputavam ao progenitor tinha a ver com o facto que a vítima ser apologista de magia negra.

O porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Gaza, Edgar Juvane, assegurou a jornalistas, na habitual conferência de imprensa, que os dois irmãos, já estão a ver o sol aos quadradinhos e deverão ser responsabilizado pelo crime que pesa sobre eles.

A acusação de feitiçaria é um mal de que as pessoas da terceira idade têm sido recorrentemente vítimas em Moçambique.

O @Verdade apurou que, sem piedade, os dois irmãos desferiram duros golpes contra o progenitor, com recurso a instrumentos contundentes, e não se demoveram quando o finado implora pela vida, sangrando.

Refira-se que na cidade da Beira (Sofala) um jovem de 27 anos de idade foi detido após confessar que matar a própria avó, na manhã de terça-feira (14), com recurso a um pilão, supostamente porque o enfeitiçava e era responsável pelo seu insucesso na vida.


Liga Moçambicana de Basquetebol: ferroviários da Beira e de Maputo voltam a disputar título pelo segundo ano consecutivo

$
0
0

O Ferroviário da Beira e o Ferroviário de Maputo reeditam, pelo segundo ano consecutivo, a disputa final pelo título de basquetebol sénior masculino em Moçambique.

A equipa treinada por Nazir Salé “trucidou” a A Politécnica no 2º jogo da meia-final disputada na quarta-feira(15), na cidade da Beira, por 100 a 62 pontos, tendo saído para o intervalo com uma vantagem de 51 a 32 pontos.

Os “locomotivas” da capital do país também não deram a mínima hipótese do Costa do Sol discutir a outra semi-final vencendo o 2º jogo por 88 a 101 pontos, 42 a 46 pontos foi o resultado no intervalo, e asseguraram a quinta presença consecutiva numa final da Liga Moçambicana de Basquetebol.

A final, que será disputada à melhor de 5 jogos, ainda não foi marcada mas está prevista iniciar no próximo dia 21.

Sinistralidade rodoviária mata 25 pessoas e fere outras mais de 50 em Moçambique

$
0
0

Vinte e cinco indivíduos morreram e outros 53 ficaram ligeira e gravemente feridos em resultado de 27 acidentes de viação, ocorridos na semana, em diferentes estradas moçambicanas.

Os sinistros tiveram como causa o excesso de velocidade e a má travessia do peão. Eles foram maioritariamente do tipo atropelamento carro/peão, despistes e capotamento e choques entre viaturas e motorizadas.

O Comando-Gral da Polícia da República de Moçambique (PRM) fazer saber, na terça-feira (15), em comunicado de imprensa, que 20 automobilistas foram detidos por se fazerem ao volante sem a documentação para o efeito.

Segundo aquela entidade do Estado, a Polícia de Trânsito (PT) confiscou igualmente 231 cartas de condução porque os seus titulares não respeitavam alguns preceitos previstos no Código da Estrada.

Recorde-se que o comandante-geral da PRM, Bernardino Rafael, disse na terça-feira que pelo menos 603 pessoas morreram no primeiro semestre deste ano, em todo o país, devido 810 acidentes de viação.

Em igual período do ano passado, 775 acidentes de carros causaram 510 óbitos.

A fonte falava em Maputo, numa cerimónia de patenteamento de 112 membros da entidade que tem como função garantir a segurança e a ordem públicas e combater infracções à lei.

PRM prende três portugueses da mesma família por tráfico de droga

$
0
0

Três cidadãos de nacionalidade portuguesa foram detidos no Aeroporto Internacional de Maputo, por suspeita de tráfico de droga não especificada, que transportavam para o país de que são provenientes, disse a Polícia da República de Moçambique (PRM), na quinta-feira (16). É o segundo caso em 48 horas, no mesmo aeroporto, envolvendo estrangeiros.

Trata-se de um jovem de 32 anos de idade, a namorada, cuja idade não apurámos, e o filho dela de 19 anos.

Na posse dos visados, as autoridades policiais apreenderam 16.5 quilogramas do referido estupefaciente, cujo nome a própria corporação desconhecia até ao fecho desta edição, disse Leonel Muchina, porta-voz do Comando da PRM na Cidade de Maputo, a jornalistas.

A suposta droga estava dissimulada nas malas de viagem dos indiciados. A mesma foi descoberta durante a fiscalização que regularmente é feita à bagagem e ao movimento de passageiros naquele aeroporto.

“Presume-se que seja cocaína e há um trabalho com vista a saber de que tipo de droga se trata. A mesma estava camuflada em três malas na bagagem de roupa” dos três acusados, contou Leonel Muchina.

Confrontada com o crime que pesa sobre si, a mulher fez uso do direito que a lei lhe assiste, ao afirmar o seguinte: “não tenho nada para falar. Não quero falar”.

O namorado e o filho da senhora alegaram que não sabem como é que a droga apareceu nas suas malas de viagem.

Para além destes indivíduos, na segunda-feira (13), um homem de 54 anos, proveniente da Guiné Conacri caiu nas mãos da Polícia moçambicana, naquele aeroporto, por alegado tráfico de mais de cinco quilogramas de cocaína.

O produto tinha como destino a Costa do Marfim e o indiciado tinha como escala Adis Abeba, capital da Etiópia.

As autoridades moçambicanas não têm dúvidas de que o Aeroporto Internacional de Maputo um dos principais pontos de trânsito de tráfico de drogas pesada. Aliás, recentemente, a porta-voz do Conselho de Ministros, Ana Comoana, disse que, em 2017, foram aprendidas 7,6 milhões de quilogramas de cannabis sativa, vulgo soruma, e 21 mil quilogramas de cocaína.

Esta quantidade não só justifica a necessidade de haver "maior atenção à prevenção e combate ao tráfico de drogas", de acordo com a fonte, como igualmente sugere que é preciso " reforçar a capacidade do Governo e as medidas de vigilância (...)”.

Governo reúne pela primeira vez com mídias em Moçambique “para olhar para as taxas, não para o Decreto 40”

$
0
0

Foto de Adérito CaldeiraO Gabinete de Informação (GABINFO) reuniu nesta quinta-feira (16) com os mídias privados disponível para “criar uma comissão para olhar para as taxas” exorbitantes que pretende cobrar aos órgãos de comunicação social porém deixou claro que não pretende revogar o Decreto 40/2018 que entrará em vigor no próximo dia 22.

Pela primeira vez na sua história o GABINFO convocou os mídias privados para um encontro nas suas instalações em Maputo para debater o “processo de licenciamento e registo de imprensa” assim como os “procedimentos de acreditação e renovação de acreditações” de jornalistas que passam a ser taxados em montantes milionários ao abrigo do Decreto 40/2018 que foi aprovado sem consultar os órgãos de comunicação social.

Cecília Gonçalves, a directora de Estudos, Planificação e Cooperação da instituição que tenta assumir o papel de Ministério da Informação dos tempos do monopartidarismo começou por tentar estabelecer que a preocupação dos representantes dos mídias são os elevados montantes que passarão a ser cobrados para o registo, anuidade ou renovação do licenciamento pois a filosofia da criação das taxas o GABINFO considerou ser “indiscutível”.

“Nós estamos aqui a dizer que queremos criar uma comissão para olhar para as taxas, não para o Decreto” afirmou repetidas vezes Cecília Gonçalves diante da insistência dos dezenas de representantes de vários órgãos de comunicação social sedeados em Maputo sobre a necessidade de revogar o dispositivo legal que o @Verdade revelou e entra em vigor no próximo dia 22 de Agosto.

“Não cabe a ninguém nesta mesa, nem a nenhuma pessoa, dizer se o Decreto entra ou não entra em vigor ou se suspende-se, cabe à pessoa que aprovou que é uma instituição. Nós temos um mandato para criar uma comissão de trabalho para olhar as taxas” declarou a representante do Gabinete de Informação precisando que a comissão a ser criada poderá ser composta por representantes das associações que representem os interesses dos mídias.

“Nós queremos o mais urgente os nomes dos elementos que vão representar os grupos de interesse, enviem ao GABINFO até ao dia 22” concluiu Cecília Gonçalves diante da evidente falta de consenso com os representantes dos órgãos de comunicação social.

@Verdade Editorial: Um processo excludente

$
0
0

É grave a forma como tem vindo a decorrer o processo com vista à paz efectiva de Moçambique, após as hostilidades entre as Forças de Defesa e Segurança e os homens armados da Renamo. O referido processo, diga-se em abono da verdade, prossegue em silêncio e em segredo. Esporadicamente e de forma lacónica, os moçambicanos são dados a conhecer apenas parte do consenso alcançado.

Esta semana, Governo e a Renamo formaram quatro comissões de trabalho compostas por 22 elementos, sendo 11 para cada lado, nomeadamente para Assuntos Militares, Grupo Técnico Conjunto para Enquadramento Representantes do Governo, Grupo Técnico Conjunto para Desarmamento, Desmobilização e Reintegração Representantes do Governo e Equipa de Monitoria e Verificação Representantes do Governo. As já criadas comissões têm como objectivo a prossecução e a materialização do dossier sobre o desarmamento da Renamo e a desmobilização e reintegração dos seus homens armados, bem como a inclusão dos seus oficiais no Exército e na Polícia.

Não obstante se tratar de uma decisão importante para o país, tendo em conta que a mesma surge no âmbito dos consensos que têm sido alcançados pelas partes, com vista à paz afectiva, a mesma abre precedentes para que se volte a as situações num passado recente. Para evitar que isso volte acontecer, é importante que o processo seja transparente de modo os moçambicanos saibam o que está por detrás de todos os acordos assinados e promoções de oficiais vindo da Renamo.

Um dos aspectos que tornaria o processo transparente é sem dúvidas o envolvimento de outras forças vivas da sociedade moçambicana. O que não se percebe é o porquê de outros partidos políticos não terem sido convidados para fazer parte do processo que decide o futuro dos moçambicanos. Nem a sociedade civil e tampouco as organizações da sociedade civil foram envolvidos. O mais intrigante é que o Governo e Renamo criaram também um Grupo Internacional de Contacto, constituídos por embaixadores de alguns países.

Essa é uma situação inaceitável, porque o envolvimento da sociedade civil e outros partidos no processo é o mínimo que se esperava, sobretudo de um Governo que sempre andou a cantar a necessidade de se resolver os problemas internos entre os moçambicanos. Se pretende-se criar um país inclusivo e não se volte a assistir a hostilidades, é necessário que os outros actores estejam envolvidos nesse processo que hoje é visto como excludente.

Pergunta a Tina: Julgo que a minha vagina se rasgou!

$
0
0

Tina, tenho 23 anos e há dois, tive um parto que foi complicado. Julgo que a minha vagina se rasgou embora não tenha recebido pontos. O facto é que a vagina está maior agora. Há mais de um ano que não transo porque tenho vergonha da reacção dos homens, o que faço? Diana

Querida Diana, o que é isso, vergonha da reacção dos homens? Para ser bom, o sexo não pode ser acompanhado de vergonha. E ainda por cima injustificada, pois certamente um parceiro sexual teu não se aperceberia disso. O melhor será começar por te aconselhares numa consulta de ginecologia, para avaliar a dimensão do problema e a necessidade ou não da sua correcção. É bem possível que seja um problema mínimo que a tua mente tende a aumentar de forma irrealista.

Em segundo lugar, alterar a atitude perante o sexo. Sexo não é igual a vagina. Uma transa é uma brincadeira, um jogo erótico, em que duas pessoas dão e recebem prazer através de uma troca de carinhos, carícias, beijos, abraços e etc., estabelecendo uma transmissão dos sentimentos mais valiosos do ser humano: amor, amizade, solidariedade, cumplicidade, troca mútua, o oposto dos sentimentos mais condenáveis: ódio, antagonismo, inveja, guerra. E a vagina não tem nada a ver com tudo isto, como podes ver.

OK, se no final deste maravilhoso relacionamento, houver lugar para penetração, tudo bem. Mas não transar só por causa de uma vagina que pode estar um pouco aumentada, acho que não se justifica. Explora todas as potencialidades do teu corpo, e verás que podes desfrutar muito melhor a actividade sexual. E não esqueças que muitos casais conseguem praticar sexo satisfatório sem penetração.

Xiconhoquices da semana: Violação da Constituição pela Justiça; Benefícios fiscais; Nomeação de Abdul Naguibo

$
0
0

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Violação da Constituição pela Justiça

Que o nosso sistema de Justiça é desactualizado e inoperante em alguns casos, isso não constitui novidade para os moçambicanos. Porém, é revoltante assistir diversos atropelos ao direito constitucional de milhares de crianças no país. Um estudo académico realizado para o Ministério Público nos tribunais, procuradorias, cadeias, tribunais comunitários e organizações não governamentais mas que não teve acesso às esquadras da PRM, revela que boa parte das crianças que foram julgadas e não lhes foram aplicadas medidas de segurança, mas sim foram aplicadas penas de prisão, normalmente a pena mais pesada de 3 anos. Esta é um grave violação do seu Direito Constitucional que obriga as autoridades de Justiça a terem sempre presente “o superior interesse da criança”. Enfim, não se pode esperar grande coisa dessa nossa Justiça desactualizada.

Benefícios fiscais

Numa situação em que o país sem debate com a falta de dinheiro, o Governo moçambicano dá-se ao luxo de dar benefícios fiscais a alguns produtos. Ou seja, não pagam o imposto centenas de produtos distribuídos por 97 categorias da Pauta Aduaneira – desde líquidos alcoólicos, passando por reactores nucleares, pérolas e até a importação de veículos espaciais (incluindo os satélites) estão isentos. Com o dinheiro de impostos que se perde com essa estúpida medida, poder-se-ia construir imensas escolas à prova de calamidades naturais, hospitais e até levar a água potável e saneamento à metade do povo que não o tem. A par dessas receitas ficais que o Estado moçambicano perde, estão também as isenções algumas multinacionais que factura milhões e milhões de dólares no território nacional. É caso para dizer: eis a razão do país continuar pobre!

Nomeação de Abdul Naguibo

Definitivamente, os órgãos de informação que sobrevivem à custa dos nossos impostos estão entregues a sua sorte. Ao invés de acolher na sua direcção indivíduos competentes e com muita vontade de prestar bom serviço público aos moçambicanos, a gestão dos mesmos são confiados a indivíduos cuja competência é ajeitar a gravata do Governo da Frelimo e o partido. É o caso da Rádio Moçambique (RM) e que teve agora a infelicidade de receber mais um lambe- -botas. Trata-se do jornalista Abdul Naguibo Abdula, que não tem competência técnica nem de gestão para liderar uma rádio em processo de digitalização. Aliás, o único trabalho que se reconhece do sujeito é a bajulação ao partido Frelimo, razão pela qual foi nomeado para o cargo de Presidente do Conselho de Administração (PCA) da RM. Quanta Xiconhoquice!


Pergunta a Tina: o meu problema são dores no canal que conduz a urina

$
0
0

Chamo-me Jacinto e o meu problema são dores no canal que conduz a urina, já fui medicado várias vezes mas não passa. O que pode ser?

Caro Jacinto, não sou capaz de te dizer o que poderá ser, por não conhecer alguns detalhes importantes como por exemplo, que idade tens, há quanto tempo começou o problema, se alguma vez saiu sangue ou pus, quais os medicamentos que tomaste, etc., etc., para não falar da necessidade de se fazerem análises laboratoriais.

Assim sendo, recomendo que continues a procurar cuidados médicos, mas agora de preferência numa consulta especializada de urologia.

Xiconhocas da semana: Director da ESG 25 de Setembro em Quelimane; Assassino da avó; Governo e Renamo

$
0
0

Os nossos leitores elegeram os seguintes Xiconhocas na semana finda:

Director da ESG 25 de Setembro em Quelimane

O director da Escola Secundária 25 de Setembro na cidade de Quelimane é exemplo de Xiconhoca da pior espécie que abundam no país. O sujeito, movido por seu dom lambebotista, convocou os alunos daquele estabelecimento de ensino público para uma marcha supostamente para saudar cabeça-de-lista do partido Frelimo nas eleições municipais de Outubro próximo. O Xiconhoca, no auge da sua ignorância, ameaçou marcar faltas aos alunos que não comparecerem na referida marcha.

Assassino da avó

Há com cada Xiconhoca neste país. O jovem de 27 anos de idade que presentemente está a contas com as autoridades policiais de Sofala é, sem sombras de dúvidas, um Xiconhoca até à medula. O sujeito assassinou a própria avó, com recurso a um pau de pilar, supostamente porque o enfeitiçava e era responsável pelo seu insucesso na vida. O jovem, que vivia com a malograda desde criança, disse ter tomado conhecimento de que a sua vida não corria a contento através de um curandeiro. Só um indivíduo com problemas mentais é capaz de tamanha estupidez.

Governo e Renamo

O Governo da Frelimo e a Renamo continuam a negociar a paz dos moçambicanos secretamente. Esta semana, o Chefe de Estado, Filipe Nyusi, anunciou a criação de comissões, que incluem até alguns embaixadores, para a prossecução e a materialização do dossiê sobre o desarmamento da Renamo e a desmobilização e reintegração dos seus homens armados. De certeza este bando de Xiconhocas deve estará a tramar algo para o povo, pois nem a sociedade civil foi convidada nesse processo.

Pergunta a Tina: Julgo que a minha vagina se rasgou!

$
0
0

Tina, tenho 23 anos e há dois, tive um parto que foi complicado. Julgo que a minha vagina se rasgou embora não tenha recebido pontos. O facto é que a vagina está maior agora. Há mais de um ano que não transo porque tenho vergonha da reacção dos homens, o que faço? Diana

Querida Diana, o que é isso, vergonha da reacção dos homens? Para ser bom, o sexo não pode ser acompanhado de vergonha. E ainda por cima injustificada, pois certamente um parceiro sexual teu não se aperceberia disso. O melhor será começar por te aconselhares numa consulta de ginecologia, para avaliar a dimensão do problema e a necessidade ou não da sua correcção. É bem possível que seja um problema mínimo que a tua mente tende a aumentar de forma irrealista.

Em segundo lugar, alterar a atitude perante o sexo. Sexo não é igual a vagina. Uma transa é uma brincadeira, um jogo erótico, em que duas pessoas dão e recebem prazer através de uma troca de carinhos, carícias, beijos, abraços e etc., estabelecendo uma transmissão dos sentimentos mais valiosos do ser humano: amor, amizade, solidariedade, cumplicidade, troca mútua, o oposto dos sentimentos mais condenáveis: ódio, antagonismo, inveja, guerra. E a vagina não tem nada a ver com tudo isto, como podes ver.

OK, se no final deste maravilhoso relacionamento, houver lugar para penetração, tudo bem. Mas não transar só por causa de uma vagina que pode estar um pouco aumentada, acho que não se justifica. Explora todas as potencialidades do teu corpo, e verás que podes desfrutar muito melhor a actividade sexual. E não esqueças que muitos casais conseguem praticar sexo satisfatório sem penetração.

Xiconhoquices da semana: Violação da Constituição pela Justiça; Benefícios fiscais; Nomeação de Abdul Naguibo

$
0
0

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Violação da Constituição pela Justiça

Que o nosso sistema de Justiça é desactualizado e inoperante em alguns casos, isso não constitui novidade para os moçambicanos. Porém, é revoltante assistir diversos atropelos ao direito constitucional de milhares de crianças no país. Um estudo académico realizado para o Ministério Público nos tribunais, procuradorias, cadeias, tribunais comunitários e organizações não governamentais mas que não teve acesso às esquadras da PRM, revela que boa parte das crianças que foram julgadas e não lhes foram aplicadas medidas de segurança, mas sim foram aplicadas penas de prisão, normalmente a pena mais pesada de 3 anos. Esta é um grave violação do seu Direito Constitucional que obriga as autoridades de Justiça a terem sempre presente “o superior interesse da criança”. Enfim, não se pode esperar grande coisa dessa nossa Justiça desactualizada.

Benefícios fiscais

Numa situação em que o país sem debate com a falta de dinheiro, o Governo moçambicano dá-se ao luxo de dar benefícios fiscais a alguns produtos. Ou seja, não pagam o imposto centenas de produtos distribuídos por 97 categorias da Pauta Aduaneira – desde líquidos alcoólicos, passando por reactores nucleares, pérolas e até a importação de veículos espaciais (incluindo os satélites) estão isentos. Com o dinheiro de impostos que se perde com essa estúpida medida, poder-se-ia construir imensas escolas à prova de calamidades naturais, hospitais e até levar a água potável e saneamento à metade do povo que não o tem. A par dessas receitas ficais que o Estado moçambicano perde, estão também as isenções algumas multinacionais que factura milhões e milhões de dólares no território nacional. É caso para dizer: eis a razão do país continuar pobre!

Nomeação de Abdul Naguibo

Definitivamente, os órgãos de informação que sobrevivem à custa dos nossos impostos estão entregues a sua sorte. Ao invés de acolher na sua direcção indivíduos competentes e com muita vontade de prestar bom serviço público aos moçambicanos, a gestão dos mesmos são confiados a indivíduos cuja competência é ajeitar a gravata do Governo da Frelimo e o partido. É o caso da Rádio Moçambique (RM) e que teve agora a infelicidade de receber mais um lambe- -botas. Trata-se do jornalista Abdul Naguibo Abdula, que não tem competência técnica nem de gestão para liderar uma rádio em processo de digitalização. Aliás, o único trabalho que se reconhece do sujeito é a bajulação ao partido Frelimo, razão pela qual foi nomeado para o cargo de Presidente do Conselho de Administração (PCA) da RM. Quanta Xiconhoquice!

Albertino Mamba e Zeferina Marinho sagraram-se vencedores da segunda edição da Corrida Azul

$
0
0

Foto de Fim de SemanaOs atletas Albertino Mamba e Zeferina Marinho sagraram-se, no sábado, 18 de Agosto, vencedores da segunda edição da Corrida Azul, promovida pelo Standard Bank, no âmbito da sua responsabilidade social corporativa, associada às celebrações dos 124 anos da sua implantação em Moçambique.

A prova, que foi realizada em parceria com a Associação de Atletismo da Cidade de Maputo, tinha um "prize money" de mais de 500 mil meticais, repartido entre atletas federados, veteranos, populares e portadores de deficiência física.

O evento contou com a participação de atletas nacionais e internacionais e teve como ponto de partida e chegada a sede do Standard Bank, na avenida 10 de Novembro, na cidade de Maputo. Albertino Mamba e Zeferina Marinho, da categoria de federados, em masculinos e femininos, fizeram o percurso de 15 quilómetros em 50´42”62 e 63’26’’91, respectivamente, tendo recebido o prémio de 25 mil meticais cada.

A Corrida Azul, que reúne elementos para figurar entre as principais provas da modalidade organizadas no País, é uma das iniciativas que o Standard Bank promove para estimular os seus colaboradores e a sociedade a pautarem por hábitos saudáveis, para além de ser uma forma de massificar a prática do desporto, no geral, e do atletismo, em particular.

A participação de 975 atletas, entre nacionais e internacionais, foi um aspecto que impressionou o administrador delegado do Standard Bank, Chuma Nwokocha, que fez um balanço positivo da segunda edição da prova.

“O Standard Bank organiza esta prova como forma de promover o bem-estar das comunidades, pois estamos cientes da necessidade de se prestar mais atenção à saúde”, explicou Chuma Nwokocha, que se referiu, igualmente, à vertente desportiva da prova, organizada, pela primeira vez, em 2014.

A Corrida Azul serve, também, como “um vector de massificação do desporto, uma área na qual o Standard Bank está presente, através, por exemplo, do apoio ao Moçambola, o principal campeonato nacional de futebol”, acrescentou o administrador delegado.

Por seu turno, o director da prova e treinador de atletismo na Associação de Atletismo da Cidade de Maputo, Azarias Samuel, considerou, na ocasião, que a Corrida Azul proporcionou a oportunidade aos atletas de melhorar o seu desempenho, tendo mencionado o facto de estes terem ocupado cinco dos seis lugares do pódio na categoria de federados, em masculinos e femininos.

“É sempre importante ter instituições que promovem este tipo de iniciativas. O desempenho dos atletas superou as nossas expectativas. Os atletas internacionais só conseguiram um lugar no pódio. É sempre bom organizar estas provas e ter os moçambicanos a ganhar”, disse Azarias Samuel, que realçou o facto de esta ser a primeira prova de estrada a ser organizada, em 2018, a nível do País.

Ainda em relação aos atletas internacionais, Albertino Mamba, vencedor na categoria de federados em masculinos, afirmou que a sua presença confere maior competitividade à prova. Embora a vitória não tivesse constituído surpresa, Albertino Mamba confessou que não esperava ganhar com tanta facilidade: “Já sabia que iria ficar em primeiro, porque me preparei arduamente, principalmente por saber que teríamos atletas sul-africanos na prova”.

A preparação, associada à experiência, foi, também, um factor determinante na vitória de Zeferina Marinho, que está mais habituada às provas de pista: “Preparei-me bastante, embora com algum cuidado, porque vou participar, dentro de dias, nas provas nacionais”.

Entretanto, na categoria de veteranos femininos, Kate Rocha, Acina Jaime e Victória Joaquim conquistaram as três primeiras posições, respectivamente, tendo Kate Rocha doado o seu prémio monetário aos portadores de deficiência física que participaram na prova. Importa realçar que o percurso mais longo da Corrida Azul foi de 15 quilómetros, feito pelos atletas das categorias de federados e veteranos, enquanto os populares e os colaboradores do banco fizeram 10 quilómetros. ?

Viewing all 11095 articles
Browse latest View live